Salto em comprimento: tudo sobre esta modalidade de atletismo

Sydney Fokou é uma das grandes promessas do desporto paraolímpico espanhol. Foi uma das vencedoras dos Jogos Europeus da Juventude, quando ganhou duas das 53 medalhas conquistadas pela delegação espanhola. Ganhou ouro no lançamento de peso, F12 e bronze no salto em comprimento. Agora esta atleta com deficiência visual protagoniza a campanha da nova coleção Woman Concept da Décimas, destinada a mulheres fortes que lutam pelos seus objetivos. Ela é um exemplo de superação que hoje nos ajuda a descobrir todos os segredos do salto em comprimento.

O que é o salto de comprimento?

O salto em comprimento, também conhecido como salto em distância, é uma forma de atletismo que consiste em cobrir a máxima distância possível no plano horizontal com um salto executado após uma corrida.

O recorde feminino para o salto em comprimento é ostentado pela atleta soviética Galina Chistyakova, que estabeleceu o recorde mundial em 1988 com uma distância de 7,52 metros. Desde então, nenhuma outra mulher conseguiu atingir os 7,50 metros. Nesse mesmo ano, o recorde olímpico foi também alcançado em Seul pela americana Jackie Joyner-Kersee com 7,40 metros, atleta que posteriormente alcançou o seu melhor de 7,49 metros, em 1994.

O objetivo de Sydney Fokou no atletismo é “atingir os cinco metros desejados” e poder participar nos Jogos Paraolímpicos de Paris 2024.

Quais são as suas fases?

Há quatro fases do salto em comprimento:

1. Corrida. Esta é a base do salto e é também conhecida como a fase de aproximação. Nesta fase, o saltador acelera para atingir a velocidade ideal para o salto.
2. Chamada. Este é o momento em que a corrida se transforma num salto. É também conhecida como fase de descolagem porque é quando o saltador ganha velocidade vertical.
3. Voo. Nesta fase, o saltador prepara-se para a queda. Existem três técnicas de movimento cujos objetivos são o mesmo: adotar uma posição equilibrada.

4.Queda. Este é o momento em que o saltador procura a distância máxima ao aterrar com os calcanhares. Para tal, o saltador deve maximizar a parábola de voo e minimizar a perda de distância que ocorre quando em contacto com o solo.

Técnicas de salto em comprimento

Como já vimos, na fase de voo, a técnica de salto em comprimento escolhida é muito importante. No total, são três técnicas possíveis:

1. Técnica natural ou passo. Esta é a técnica utilizada por principiantes e para saltos curtos. Nesta técnica, durante a suspensão, a perna oscilante une-se à perna livre e é nesta posição ‘sentada’ que se realiza a traslação para a fase de queda.
2. Técnica de enforcamento. Neste caso, a perna livre desce após a descolagem e relaxa. As duas pernas são colocadas à mesma altura enquanto os dois braços vão para trás e o tronco para a frente para se preparar para a queda.
3. Técnica de caminhada. Com esta técnica, os movimentos do saltador no ar são semelhantes aos realizados durante a corrida. O balanço continua após a descolagem de modo que o movimento, devido à inércia, seja maximizado.

É importante dominar estas técnicas porque, embora sejam semelhantes, não são as mesmas no salto em comprimento e no salto triplo em comprimento.

Chaves do treino de salto em comprimento feminino por Sydney Fokou

Como em qualquer desporto, a perseverança, o esforço e a prática são essenciais se quisermos nos destacar. Nos saltos em comprimento, há alguns aspetos chave:

• Treinos regulares para aperfeiçoar a técnica.
• Fortalecimento das pernas.
• Uso de sapatilhas adequadas para o salto em comprimento.
• Coordenação entre pernas, braços e tronco.
• Aquecimento adequado antes de iniciar o treino.
• Manter a cabeça erguida e o olhar para frente.
• Aprenda a atirar os braços para trás e depois para a frente para ganhar impulso.
• Evitar longas sessões de saltos, é melhor praticar com frequência, mas com menos de dez saltos por sessão.

Estas são algumas das chaves para o treino de salto em comprimento feminino, a fim de ir o mais longe possível.